sexta-feira, 12 de novembro de 2010

...a culpa é do escritor, do contador de histórias...

Durante algum tempo interroguei-me sobre a literatura, sobre a escrita, sobre a ficção. A questão era saber se as estórias e as histórias que se escrevem são supostas, de certo modo, relatar ou retratar a realidade, sendo uma especie de registo dos acontecimentos da nossa vida social ou se a vida social era até certo ponto conduzida, orientada, impulsionada por aquilo que era escrito, filmado, televisionado, por tudo aquilo que é criação literária.
Quando uma pessoa se interroga, quando consegue articular claramente uma questão com alguma complexidade é porque já tem a resposta feita embora possa ter dificuldade em visualizá-la ou aceitá-la, e precisa de confirmação de fontes externas.
Acredito que este assunto já tenha sido amplamente debatido, porque é natural que assim seja. Não faço ideia se chegaram a alguma decisão porque nunca frequentei meios, nem bordas, onde esses assuntos sejam discutidos.
Pensei bastante nesta questão e não tenho duvida agora, nem dificuldade em aceitar, que de facto toda a vida social humana, tudo aquilo que se classifica como usos e costumes, ou seja a cultura é impulsionado pela criação literária ( entendida num sentido largo com o cinema a radio e a televisão, as canções etc).
Toda a vida de cada dia de todos nós é copiada dos modelos ficticios, ficcionados, obedecendo a principios, leis, costumes, conceitos e palavras que foram escritas, filmadas, gravadas, televisionadas, retransmitidas para todo lado.

Se podiamos viver sem eles? Podiamos mas não era a mesma coisa

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