segunda-feira, 18 de março de 2019

O inventor de livros - Luar de vidro




O luar de vidro
Estilhaçado sobre os montes
Corta em luz e sombra
Os fantasmas e as arvores
Que morrem e voltam a morrer
Com gritos silenciosos de pasmo
Eu morro com eles e renasço
Ao ver tanta beleza junta
E procuro em cada pedaço
Pelo fogo claramente
Reanimar a alma defunta
Do luar que sem rancor nem cansaço
Se estilhaça de vidro em semente
Plantando em nós para sempre
Uma luz que não se apaga
Para que dela nasça todos os dias
Esta noite que nos afaga
Esta loucura que nos guia


Este é o primeiro poema que consta no livro Luar de vidro , é o poema que dá nome ao livro

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