quarta-feira, 10 de outubro de 2012
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
terça-feira, 2 de outubro de 2012
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
O pagador de promessas
Conversa de passagem comentada
O pagador de promessas
...ele prometeu que não partia
-ele parte isso tudo num instante
-não não ele prometeu que não ele prometeu-me que não
partia, não é Pedro?
Ele prometeu que não partia.
O avô vinha rua acima com uma espada de madeira na mão, o
neto, Pedro pelo que ouvi mais acima, caminhava ao seu lado com a bainha da
espada em riste como se de outra espada se tratasse e ia batendo com ela na
quina de pedra do cimo do muro com alguma violência.
- Eu não te disse que ele ia parti-la? Dizia a avó que vinha
mais atrás
-Não parte não que ele prometeu-me, não parte, ele
prometeu-me que não partia
ele prometeu, não parte, não parte, ele prometeu está
prometido, não parte...
e lá foram rua acima... ele prometeu que não partia...
terça-feira, 11 de setembro de 2012
inpiração da meia noite 2
O escritor
Todas as noites ele acordava a meio da noite com uma
necessidade imperiosa de escrever. Tinha sempre á cabeceira um pequeno livro de
apontamentos e sempre que acordava escrevia
e pouco depois adormecia novamente.
Uma manhã foi encontrado sem vida na cama tranquilo como se
ainda dormisse.
Os familiares trataram das formalidades habituais,
papeladas, funerarias, e tudo o mais.
Depois foram procurar algum testamento que tivesse ficado feito,
mas só encontraram livrinhos de apontamentos, uma quantidade deles numa arca, e
um em cima da mesa de cabeceira. Todos os livros eram iguais, por fora e por
dentro, fora pretos capa de cartão rijo, por dentro tinham datas escritas á mão
e sublinhadas e por baixo, tambem á mão uma só palavra “acordei”. Pagina após pagina,
sempre o mesmo arranjo, a data, dia, mês e ano, sublinhada e por baixo a meio
da folha “ acordei”.
Era a coisa mais estupida deste mundo, e já seguia tudo para
um saco de lixo, mas por acaso alguem reparou na ultima pagina que tinha sido
escrita, tinha a data do dia anterior, dia, mês e ano, por baixo estava escrito
“ não acordei, morri”.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Inspiração da meia noite
Curiosamente, ou não, afinal isto não tem nada de curioso.
É depois da meia noite que mais me apetece escrever, geralmente não o faço porque é tarde e no dia seguinte tenho que trabalhar e levantar cedo pela ordem inversa.
Hoje não fiz nada de jeito. Fico sempre com uma sensação de vazio, de depressão, quando não faço nada.
Fazer é ser, não faço não sou, e não ser é um estado muito perturbador.
sábado, 1 de setembro de 2012
Pulseiras em latão
Pulseiras feitas pelas minhas mãos em fio de latão entrançado e martelado.
Brass bracelets
Bracelets en laiton
terça-feira, 28 de agosto de 2012
sábado, 25 de agosto de 2012
Ninguem escreve por mim 3
o fundo do horizonte...
será antes o horizonte do fundo?
sei lá !
Lá ao fundo onde acaba a terra e começa o mar o ceu está cheio de fumo, de poluição, de smog.
é uma coisa estranha de ver assim em pleno verão, manhã clara e fresca ceu limpido e horizonte enfaruscado.
Donde virá esta poluição toda?
Dos automoveis, dos restaurantes e afins?
Pois terão que ser os suspeitos do costume, ou será mesmo da troika?
nunca mais acaba este agosto a desgosto!
será antes o horizonte do fundo?
sei lá !
Lá ao fundo onde acaba a terra e começa o mar o ceu está cheio de fumo, de poluição, de smog.
é uma coisa estranha de ver assim em pleno verão, manhã clara e fresca ceu limpido e horizonte enfaruscado.
Donde virá esta poluição toda?
Dos automoveis, dos restaurantes e afins?
Pois terão que ser os suspeitos do costume, ou será mesmo da troika?
nunca mais acaba este agosto a desgosto!
quarta-feira, 22 de agosto de 2012
Ninguem escreve por mim 2
continuação...
Tomo nota das coisas notaveis que vão acontecendo, só são notaveis
porque as noto e as anoto. As minhas observações, a minha sensibilidade, a
minha atenção fazem com que note muitas coisas, umas que anoto outras não, muitas delas passam a notaveis e são notabilizadas
pela minha visão do mundo. Bem sei que a maioria delas nunca serão notaveis
para mais ninguem, mas isso não me incomoda nada. Algumas são despejadas no
mundo aqui ou noutro blog ou de viva voz nas conversas que os meus amigos me
aturam.
Algum dia, ou noite ou lusco fusco, na hora do lobo ou pela
madrugada dentro as minhas notaveis notas acabarão por bater em alguem e serem
dignas de nota passando a notaveis ao quadrado e ganhando vida propria e
estatuto independentemente de mim e da minha mente.
Dum modo geral só notamos as coisas pela diferença que elas marcam
na paisagem quer o panorama tenha realidade fisica quer seja no dominio
puramente intelectual, mental, virtual ou sonoro.
A musica só é musica pela variação das notas que são tocadas, pelo
ritmo da variação e pela relação harmonica e melodiosa entre elas.
A historia é composta de momentos notaveis que foram registados no
momento ou passados muitos anos de modo a notabilizar aquilo que nos convem que
seja notado.
As coisas notaveis pelo seu caracter excecional tem que ser
registadas em termos hiperbolicos para realçar e tornar inequivocas as suas qualidades
notabilisticas. Não é relatada a realidade mas sim uma caricatura mais ou menos
empolada. Quando nos debruçamos sobre a história ou sobre as estorias aquilo que
salta á vista, aquilo que notamos é o sal, o picante que dá gosto á narrativa, ou seja, tudo aquilo que empola os
acontecimentos e portanto, aspectos irreais da história. A maior parte do que
pensamos conhecer da história ou dos acontecimentos actuais não passam de
aspectos anedóticos que mascaram a realidade.
Nas minhas notas tambem acontece o mesmo obviamente porque todos nós
fomos formatados da mesma maneira, pelos mesmos moldes. O que me diferencia dos
outros, e nesse aspecto me torna notavel, é o facto de ter consciencia destes
mecanismos e de os ter em conta quando escrevo e quando leio. Isto não torna as
minhas notas nem mais notaveis nem menos notaveis, só um pouco mais assim
assim.
continua
Bife sentado
Conversa de passagem
...em frente ao bimba há lá um restaurante e estavam lá tipo uns bifes sentados...
...em frente ao bimba há lá um restaurante e estavam lá tipo uns bifes sentados...
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Ninguem escreve por mim
Ninguem escreve por mim!
É verdade, ninguem escreve por mim, porque o faria?
Mas há muitos milhões de pessoas a escrever aqui e no resto do mundo, só blogues há qualquer coisa como 165 milhões no mundo inteiro, no entanto nenhum escreve por mim , todos escrevem para mim.
Cada um escreve o que lhe vai e o que lhe vem, retrata o mundo, o universo, que quer ser, o que quer parecer. Tudo isso é despejado sobre mim, sobre todo o MIM do mundo.
O mim do mundo é esmagado pela pressão, o meu nem por isso.
Se eu quiser descrever a alguem dum futuro ou dum passado mais ou menos longincuo o mundo em que vivo, a vida que levo agora, o meu dia a dia não sei como começar, muito menos como acabar e mesmo o recheio é problemático.
Aquilo que escrevo hoje vive de palavras de hoje, e digo vive porque de facto os vocabulos que usamos estão vivos e crescem e evoluem e morrem eventualmente como seres vivos.
Uma pessoa vive num espaço de palavras e por elas é definida, nem sei bem se existimos para alem delas.
continua....
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Levar com uma viola nas costas
Conversa de passagem cujo merito devo remeter para o Gonçalo de Viana do castelo.
...mulher violada... viola nas costas...
o quê? como é isso?
"uma mulher violada é uma mulher que levou com uma viola nas costa"
isto foi um miudo que perguntou ao pai o que era "violada" e o pai respondeu assim para não ter que dar mais explicações dificeis.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Espanhol ou francês
Conversa de passagem
...só pode ser duas coisas, ou é espanhol ou é francês... só os espanhois e os franceses é que metem o dedo no olho...
...só pode ser duas coisas, ou é espanhol ou é francês... só os espanhois e os franceses é que metem o dedo no olho...
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